Título Original: American Reunion
Distribuidora/ Produtora: Universal
Duração do Filme: 113 minutos
Gênero: Comédia / Besteirol
Diretores: Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg
Elenco: Jason Biggs, Alyson Hannigan, Chris Klein, Thomas Ian Nicholas, Tara Reid, Seann William Scott, Mena Suvari, Eugene Levy, Eddie Kaye Thomas
Nota: 8.0
Foi uma experiência deliciosa assistir à
“American Pie: O Reencontro”. O estilo das piadas, dos momentos, dos
personagens ainda consegue funcionar e agradam grande parte do público,
principalmente àqueles que assistiram aos três primeiros filmes (pois os que
vieram depois não podem ser considerados verdadeiras sequências, mas sim
películas indiferentes e até mesmo ridículas). Mas o que vale apena mesmo
colocar em evidência foi a interessante e arriscada ideia de trazer todo o
elenco central dos antecessores de volta às telas. Funcionou e demonstrou que
isso é possível sim!
O roteiro de Jon Hurwitz consegue
persuadir da mesma forma que o original de Adam Hertz ao trazer novos encontros
e desencontros ao grupo protagonista Jim, Stifler, Finch (mais marcantes e
carismáticos)e Oz e Kevin (nem tão
inesquecíveis assim). Mas não é somente
o núcleo masculino que acerta. As mulheres também colocam a mão na massa ao “preparar
a torta” e adocicam ainda mais o recheio. Michelle (Alyson Hannigan) ainda
consegue fazer os mesmos trejeitos e cacoetes de antes e não perde aquele
espírito de adolescente perdida. Acredito que uma das maiores surpresas foi a
volta de Jennifer Coolidge ( a mãe de Stifler) que deixa o final da história
ainda mais inusitado e por que não agradável?
“American Pie” foi um dos pioneiros no
gênero mais criticado e censurado pelo público: o besteirol apelativo. Mas fala
sério, quem não gosta de ver ou escutar uma besteirinha de vez em quando, ainda
mais com bom humor? Bem, este último ainda sabe utilizar a fórmula secreta, mas
com uma dose menor. Depois do megassucesso do primeiro filme, vários outros besteiróis
surgiram, porém não chegam nem aos pés das pilhérias de Adam Hertz.
A história desta vez já busca um olhar
mais maduro e reflexivo a respeito de uma das passagens que muitos de nós
passamos: o fim do período escolar e, consequentemente, a perda de contato
entre os amigos. Só que em muitos lugares, uma das soluções a este problema, é
a realização de uma grande festa que reúne todos estes ex-alunos para que cada
um descubra como que a vida do outro ficou (se atingiu às expectativas
esperadas ou não). Sendo assim, todos os personagens se reencontram no fim de
semana que acontecerá o tal evento, onde todas as novas aventuras são expostas
na telona, arrancando diversas gargalhadas do público. O fato diferente nesta
história, é que alguns personagens tentam se mostrar mais amadurecidos, uma vez
que têm empregos, esposa, filhos, dentre outras responsabilidades adultas.
Tecnicamente, também não deixa a
desejar. Tomadas bem elaboradas, trilha sonora adequada, acho que a maioria
dentro dos conformes. A direção de Jon Hurwitz não deixa que o grande número
personagens se perca diante de tantas mudanças e reviravoltas.
Se fosse para definir “American Pie: O
Reencontro” em apenas uma palavra seria nostalgia.
Assim como o clima que paira entre a maioria dos personagens, o público que
sempre acompanhou e deliciou as travessuras do grupo desde 1999, também sente
aquela pontinha de saudade. A mensagem deixada pelo filme sela este sentimento:
Que não importa as mudanças externas provocadas pelo tempo, aquele espírito de
juventude dentro de nós nunca morre, assim como as amizades que construímos por
toda esta caminhada!”.
curti
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