Cena final do quinto ano de Supernatural: série sofre com a falta de sucessos do canal CW e é renovada mecanicamente |
A sexta temporada de Supernatural foi lançada no dia 24 de setembro nos Estados Unidos. O episódio “Exile on Main Street” retomou a trama um ano após a ida de Sam ao “inferno”, o desfecho da quinta leva de histórias.
Em seu início, o capítulo apresentou, em ritmo de telefilme, um Dean Winchester comum, morando com Lisa, a mãe de seu suposto filho, aquele que conhecemos no começo do terceiro ano. Tudo corria calmamente até o momento em que ele suspeitou a presença de algo sobrenatural e foi abordado pelo “Olhos amarelos”, a deixa para Sam, interpretado pelo ainda fraco Jared Paradecki, aparecer e salvá-lo.
Após alguns minutos de mais dramaticidade rala, é revelado que Sam retornou à vida normal pouco depois de sua queda. Razão? Desconhecida. Porque essa será a deixa para os próximos anos de história, que agora conta com o Vovô Winchester, pessoa que tem “truques da pesada” para ensinar a seus netinhos, além, é claro, de segredinhos para dar um fôlego a mais no roteiro, claramente esgotado.
O primeiro arco da nova temporada tem como foco a retomada de Dean. Sam, agora dirigindo a Super Máquina, quer o irmão de volta, mas entende sua decisão de querer ficar do lado da família que nunca pôde ter. Ao mesmo tempo que Dean, em ritmo de soap opera, vai pensar que não pode abandonar seu melhor amigo, a pessoa que praticamente criou como um filho.
O saldo do episódio, feito este pequeno resumo, é ruim. Quem acompanha a saga desde 2005 deve entender, melhor do que nunca, porque a ideia inicial de Eric Kripke, ex-showrunner, era esgotar a contenda no terceiro ano. Supernatural é, hoje, um dramalhão com sustos e sangue. Um novelão esticado, saturado. E nem é preciso ir muito longe para concluir isto. Quantas negociatas foram realizadas envolvendo as almas dos personagens principais desde a boa segunda temporada? O inferno virou um atacadão ou era intencional essa confusão toda?
É verdade que Supernatural jamais seria uma série exemplar. Chegaram a cogitar isto quando ela resolveu discutir religião, mas era óbvio que não havia como emendar discussões densas com o que se tinha em mãos. No entanto, Supernatural poderia ser, tranquilamente, um daqueles exemplos de séries que são competentes, um produto de entretenimento no significado mais puro do termo. No fim das contas, Supernatural não se desenvolveu nem como roteiro nem como passatempo. Virou um Smallville que tenta meter sustos. O resultado claro da confusão quando roteiristas e executivos não sabem o que o produto "é e o que nunca deveria ser".
Fonte: Itu.com.br
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